Segunda-feira
20 de Maio de 2024 - 
“A justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta.”
“As leis que não protegem nossos adversários não podem proteger-nos.”
“Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles.”
"Banco do Brasil terá de permitir que bancário acumule cargo de professor".

Controle de Processos

Insira seu usuário e senha para acesso ao software jurídico

Direto dos Tribunais

Newsletter

Cotação da Bolsa de Valores

Bovespa 0,92% . . . .
Dow Jone ... % . . . .

Cotação Monetária

Moeda Compra Venda
DOLAR 4,85 4,85
EURO 5,32 5,32
LIBRA ES ... 6,19 6,20

Previsão do tempo

Hoje - Brasília, DF

Máx
26ºC
Min
18ºC
Chuva

Terça-feira - Brasíl...

Máx
29ºC
Min
18ºC
Chuva

Quarta-feira - Brasíl...

Máx
30ºC
Min
19ºC
Parcialmente Nublado

Quinta-feira - Brasíl...

Máx
31ºC
Min
19ºC
Parcialmente Nublado

TST promove curso sobre diversidade com imersão em espaço indígena

10/5/2024 - O Tribunal Superior do Trabalho promoveu nesta quinta-feira (9), para seu público interno, uma imersão no Centro de Convivência Multicultural dos Povos Indígenas, popularmente conhecido por Maloca, na Universidade de Brasília (UnB), para ouvir depoimentos de lideranças indígenas. A ação faz parte do curso “Letramento em Diversidade: (re) pensando o Direito do Trabalho a partir dos Territórios”.  Imersão aprofunda compreensão da persidade Segundo os organizadores do curso, a imersão proporciona experiências que permitem compreender melhor a realidade vivida por diferentes grupos sociais em persas comunidades. Manu Tuyuka, acadêmica em direito e presidente da Associação dos Acadêmicos Indígenas da UnB, explica que a Maloca é considerada um espaço indígena e um local de articulação política. “É muito simbólico receber pessoas do Judiciário para poder repassar nossos conhecimentos e experiências”, destaca. No mesmo sentido, Maíra Pankararu, da Aldeia Brejo dos Padres e mestra em direito, assinala que o espaço não é, tecnicamente, uma terra indígena, mas é considerado assim. “Quisemos trazer toda a ambientação indígena e sair do ‘mundo quadradinho’ dos prédios públicos para mostrar como é a persidade”. Povos indígenas são plurais Manu ressaltou em sua exposição que as pessoas costumam se referir aos povos originários como se fossem um só povo, mas lembra que no Brasil existe uma persidade vasta de culturas e línguas faladas. “Aqui na UnB,  somos um coletivo formado por mais de 50 etnias.  No Brasil, são  mais de 300 etnias diferentes, com cerca de 270 línguas. Os indígenas são plurais, e não são um povo só. São persos, têm suas tradições, culturas e diferentes formas de viver. Hoje conseguimos desmistificar esse conceito de indígena no singular e semear a ideia dos indígenas no plural”. Maíra, por sua vez, destaca que a sociedade não é uniforme, monolítica, em que só existe o homem branco heterosexual. “Precisamos desta experiência nos territórios, com o pé no chão, para entender isso e não só transformar nosso ambiente de trabalho, mas também ajudar a Justiça em si”, afirma. “Muitos aqui escrevem votos, fazem minutas, contratos, e essa é uma oportunidade para sensibilizá-los para parar e pensar o que podem fazer diferente a partir do olhar da persidade”. Empresas e órgãos públicos devem criar espaços para a persidade Thaynara Xerente, psicóloga e membra da Articulação Brasileira de Indígenas Psicólogos (as) (Abipsi), defendeu que empresas e órgãos públicos tenham espaços onde a persidade esteja presente. “Esses ambientes devem ser pensados não apenas para as pessoas entrarem, mas para permanecerem”, propõe. “Devem ser elaborados para respeitar as particularidades, para que cada pessoa possa contribuir e ter sua voz de fato ouvida”.   Para a psicóloga, as minorias  devem ser acolhidas, e o contato com elas contribui para o trabalho e a vida pessoal e para que as pessoas sejam mais humanas e tenham uma vida saudável. Com isso, vai chegar um momento em que não será mais necessário pensar em políticas de inclusão. Novas perspectivas enriquecem Justiça do Trabalho, afirma presidente De acordo com o presidente do TST, ministro Lelio Bentes Corrêa, para pensar em persidade, não basta agregar a perspectiva dos povos indígenas, de identidade de gênero e de raça: é preciso se preocupar no ambiente para o acolhimento dessas pessoas, que irão enriquecer a instituição. “Para isso, nada melhor que ouvir a todos. A Maloca é um ambiente ideal para trocar experiências e aprender com as culturas milenares dos nossos povos indígenas”, disse.  Para o presidente, o encontro gerou uma reflexão sobre como a sociedade está se comportando em relação à persidade no ambiente de trabalho. “Estamos sendo acolhedores? Estamos efetivamente interessados em aprender novas perspectivas e aplicá-las? Ou estamos simplesmente reproduzindo uma atitude formal, burocrática, e, com isso, aumentando a distância e frustrando as expectativas de efetiva integração de todas as perspectivas?”  Para o ministro Alberto Balazeiro, a aproximação do Tribunal com as pautas de persidade é histórica. “A partir da capacitação, é possível conhecer para poder combater a discriminação, o assédio e todas as formas de exclusão”, sustentou. “Capacitar pelo letramento racial para a persidade e promover a inclusão social são pautas de um tribunal que se apresenta autenticamente como um Tribunal da Justiça Social”.  (Nathália Valente/CF)  
10/05/2024 (00:00)
Visitas no site:  2724675
© 2024 Todos os direitos reservados - Certificado e desenvolvido pelo PROMAD - Programa Nacional de Modernização da Advocacia
Pressione as teclas CTRL + D para adicionar aos favoritos.